SENTIMENTO DE UM POETA
Ó poeta,
Porque sabes de amor, mas não consegues ser amado,
E porque tens á alma apaixonada?
Que ao senti dor, mesmo falando de amor!
Mesmo sendo errado, não se sentindo culpado,
Ó poeta,
O homem da palavra escrita e da voz que não se cala,
O homem que se admira, com os pássaros a cantar,
Ó poeta,
Aquele que é um fingidor , mesmo falando de amor,
De tristeza e de dor...
Aquele que não consegue dormir, sem ser envolvido com as frases,
Ó poeta,
Como podes a vida de alguém mudar, ou apenas a dor enganar,
Aquele que sabe falar,e a vida encantar com o seu simples versejar
Decorando o verbo amar...
Ó poeta,
Mensageiro do coração, seus versos são toda uma canção,
Em linhas externas da emoção, tristes ou felizes daí vai da interpretação...
Ó poeta,
Que tudo sente, e tudo vê,
Me ensina como finges, me ensina como é te escrever,
Ó poeta,
Aprendiz de profeta divide comigo este dom,
Como a ti estou a espera, espero ouvir outro som,
Ó poeta,
De sabedoria, que sempre aprende com a vida,
Não sabe se a alegria é ser um Deus, ou ser uma Diva !
Ó poeta,
Que minh'alma transcende, com palavras que ao vento vai...
Que tudo entende, e sempre procura aprender mais,
Ó poeta,
Que vôa no papel, navega na caneta,
Não difere a azul do mar, coloca em cada estrela um nome a brilhar!
Não difere o azul do céu e não muda os montes verdes que iguala ao azul do Mar,
Ó poeta,
Que sabes chorar, sabes que nada é em vão,
Que sabes que amar, é como ouvir uma canção,
Ó poeta,
Amante da noite, casado com a Lua,
Desconhece como se fosse sua própria dúvida,
Ó poeta,
Que podes tudo no amor, e consegue tudo descrever,
Que ainda há de se emocionar, ao ver um sorriso nascer,
Ó poeta,
Eterno sentimento vivo, solúvel amor bendito,
Sentimentos escondidos são um bem querer apenas (D)escrito,
Ó poeta,
Que se alegra, mesmo com versos tristes,
Que nas estrelas espelha, que pensa por que existe,
Ó poeta,
Que escreve com o coração, e que lês com a intuição...
Que não vês diferença entre dor e paixão, que sabe que tudo
Não passa de uma grande ilusão!
Ó poeta,
Que mal aprende a andar, mais já sabe versar,
Que mal soubes falar, mas já sabias rabiscar,
Ó poeta,
Esquecido, mal interpretado,
Verdadeiramente inspirado,
Ó poeta,
Que agora escreves, que agora lês,
Sei que não percebes, mas falo pra você...
Ó poeta,
Pois todos nós temos nosso lado triste, E mesmo que você ache que este lado não existe,
Saibas que a felicidade constante é uma Crendisse...
Ó poeta,
Pois como eu já disse "triste Daquele que nunca foi triste",
Um poeta é um estoriador!...que dizem Ser um fingidor!
Ó poeta,
Mesmo iludibriando o amor!
Sofre de dor, por não poder sentir seu
Próprio sentimento do amor!
Será que ele é um fingidor?
Vera Fracaroli
Enviado por Vera Fracaroli em 19/05/2008
Alterado em 30/08/2008