OLHOS FEICHADOS
Permita que eu feche os meus olhos,
Pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
E cantando pus-me a esperar-te...
Permite que agora emudeça:
Que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
E a dor é de origem divina.
Permite que eu volte o meu rosto
Para um céu maior que este mundo,
E aprenda a ser dócil no sonho
Como as estrelas no seu rumo.Que importa ?
Desesperar antes ainda
Pois tudo a ti iguala.
Sempre serás o sonho de ti mesmo.
Vives tentando ser,
Papel rasgado de um intento, a esmo
Atirado ao descrer...
Como as correias cingem
Tudo o que vais levar!
Mas é só vindas e não idas
Que há de sempre ficar !
Permita que eu feche os meus olhos,
Pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
Ecantanda pus-me a sonhar-te.
Permite que agora emudeça:
Que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
E a dor é de origem divina.
Permite que volte ao meu rosto,
Para um céu maior que este mundo,
E aprenda a ser dócil no sonho
Como as estrelas no seu rumo.
Ensinando a saudade a esperar
Num sono de grande abandono!
Que vive sempre a brilhar...