VIAGEM E A NATUREZA DA SUA ALMA
O homem tem, com certeza, condições de percorrer a floresta da sua alma,
De penetrar todos os seus caminhos, percebendo as encruzilhadas,
Transpondo os terrenos íngremes, divisando os labirintos.
Como um explorador descobrirá que dentro de si existem trilhas não percorridas,
Oásis não avistados, e desertos não reverdecidos. Ë necessário desbravar as matas,
Embrenhando-se nas miríades das emoções e paixões, enumerando a cabedal
De seres que nele transita, assombrando-se com a quantidade de anjos,
Duendes, deuses e demônios que por ele passeia.
Senhor é desatar as amarras, superar as inquietações, descobrindo que carrega
Também abismos, e que estes são arados cultivados pelas Boris
Que abrem o caminho para que divise a eternidade.
Nessa viagem, verificará entorpecido que cada um é explorador de si mesmo,
Que dentro de cada ser existem penhascos e terrenos movediços,
Mas por ser montanha ele deve penetrar a imensidão do seu universo
E lá encontrar os desfiladeiros, pois no infinito das suas regiões
O homem é grande, é forte, é misterioso, e pode desfrutar dos seus regatos e enseadas.
O homem pode, portanto, rebuscar-se, viajar-se, aventurar-se em si mesmo
Descobrindo que nele existe um templo onde habita incólume a divindade.
Descobrindo também que nele residem estações e que elas representam
A sua própria mudança.
O homem tem, com certeza, condições de viajar-se, até que orvalhado de viços,
Descubra-se salpicado de oceanos e relvas, deixando na "acidentada viagem
“As maravilhas e os assombros da trajetória da sua humanidade”