Pesadelo
A boca sente o sabor amargo
Que vem da alma...
Sinto cheiro de solidão,
Atento e alerta como
Um guarda, guardado da multidão
Coloco-me as desventuras
Que pouco vividas,
Decepções e desenganos,
Ah dor!...
Sinto-me ameaçado por todos,
Talvez esteja exposto
Por ter acreditado
A loucura sempre a rodear-me
Toma-me, e eu não vi
E re- começava a dor,
Sinto-me um pássaro preso,
Tudo prestes a desmoronar,
A desmanchar-se feito brinquedo
De borracha de pouco valor
E a revolta do sentir
Odio de um mundo
Inexistente e fugaz, nisso
Acordei do meu pesadelo,
Revejo a luz, A beleza
E a paz...